ENTREVISTA

[ENTREVISTA] Nostalgia - NANA LEES

quarta-feira, fevereiro 18, 2015,0 Comments

Oiii amores da minha vida!!!
Essa semana estou NOSTÁLGICA...
Muitas saudades dos personagens do livro da NANA LEES.
entãoooooo para acabar com a saudade e ter um gostinho a mais desse livro M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O.
Preparamos uma entrevista com a autora e ficou super legal! 
Descobrimos curiosidades e revelamos segredinhos que você só encontra aqui...
Vem com a gente conhecer um pouco mais dessa AUTORA E SEUS SEGREDOS...

Veja também a resenha do livro nostalgia clicando AQUI

Entrevista com autora de NOSTALGIA, NANA LEES


1- Nana, seu livro aborda uma história bem diferente e no entanto sem muita coisa fora da nossa realidade, como nasceu a ideia do livro?

NANA: Bom...que pergunta difícil! Huahuhahuah (esse é minha risada estranha na internet xD). Acho que cada autor tem um mecanismo diferente para criar uma história. Mas muitos acabam tirando o primeiro passo de algum sonho ou coisa parecida. Meu livro e todos os assuntos nele têm diversas origens, mas o mote central (garota encontra garoto + casa abandonada) veio de um sonho recorrente que tinha na infância, quando tinha uns sete ou oito anos. Esse sonho me causava a tão conhecida e estranha Nostalgia. Resolvi fazer desse sonho um livro.

2- Os personagens são completamente complexos, e em alguns momentos o caráter de alguns são até questionáveis, mas mesmo assim não teve um "Vilão" ou um "Mocinho", assim como a heroína da história era também bem "anti clichê". Como foi construir cada personagem e em que você se baseou para definir as caraterísticas de cada um deles?


NANA:Talvez essa resposta seja um tanto clichê (ahuahuha xD)...mas eu não os contruí realmente. Eles se moldaram sozinhos. Eu sei que parece esquisito, mas acontece. Logicamente que todos os personagens têm um pouco de mim, mas não um em específico. E meu parâmetro para criá-los é elaborar uma história de vida real onde não existem vilões ou mocinhos. Existem apenas pessoas com perspectivas diferentes da vida e com atitudes tomadas de acordo com tais perspectivas.

3- Você nos contou que esse livro estava sendo escrito durante 7 anos, em algum momento a história mudou drasticamente conforme amadureciam as idéias?

NANA: Muitos. MUITOS momentos. Na verdade, a história tinha um "começo, meio e fim" já estipulados. Os preenchimentos foram mudando de acordo com o tempo e conforme minhas ideias tomavam formas melhores. Pra você ter ideia, só fui reler meu livro quando o terminei. E me surpreendi com o que havia escrito, pois não me lembrava realmente de todos os detalhes. Querendo ou não, acabei seguindo meu instinto para colocar a história no papel e gostei do que se tornou a história após tantos anos. Com toda certeza eu não aprovaria se tivesse ficado pronta logo de início.

4- Alguma vez pensou em desistir com medo de crítica? ( que seria totalmente absurdo , já que teu livro é maravilhoso)


NANA: Sua fofa!
Não... nunca pensei em desistir, mas estagnei por muito tempo. Fiquei pelo menos um ano parada no sétimo capítulo. Muita coisa acontecendo e a preguiça dominando. Sem contar que o quadro que temos para novos autores nesse país não é lá animador. Mas a história e os personagens estavam sempre comigo. E, aliás, muita coisa evoluiu na minha história justamente em períodos de branco em que eu só pensava nela, revendo e inventando coisas na minha mente. Sou conhecida por não dar a mínima para a opinião alheia. Aceito críticas, mas não é como se um comentário negativo me fizesse querer desistir. Escrever é algo que faço pra mim mesma. Não para os outros. A publicação é uma consequência que, espero, seja boa pra mim e pra todos.

5- A Personagem principal é bem ingênua e as até vezes infantil, mas em nenhum momento parece uma personagem bobinha, porque ao meu ver você soube colocar uma pitada dosada de consciência e astúcia nela. Mas em algum momento você teve medo de as pessoas entenderem errado a personalidade dela e a confundir?

NANA: Sim. Na verdade, a personalidade da menina ruiva foi a que mais me preocupou. Há um sentindo para que ela seja do jeito que é que não só o desfecho final explica. Minha intenção com o livro é mostrar como o mundo apunha-la nossas crianças sem notar, fazendo mal, mesmo sem querer. A personalidade dela é fundamental para compor a história. O meu medo principal foi a questão da pedofilia, que, sim, é abordada de maneira simples, mas não é o foco no primeiro livro. Fiquei com medo de interpretarem mal o Frank. E, por isso, tentei deixar claro a idade de ambos. 

6- Uma das coisas curiosas do livro é a maneira com que você descreveu um futuro moderno, mas sem mudar tão drasticamente, como foi fazer isso?

NANA: Vish! Não sei (hauhauhaa). Verdade. Eu apenas criei. Não pensei muito sobre o mundo em si. Meu intuito era criar um mundo atemporal. Não queria que as pessoas se prendessem em anos, estilos ou lugares. Quero que elas leiam e possam ver as descrições no seu dia-a-dia. Como se elas pudessem estar ali, vivendo aquilo.

7- Você tem algum autor que te serviu como inspiração? Em muitas vezes eu senti um toque de Zaffón, posso estar enganada. Mas amo esse autor e diria que tens traços Zaffonianos na sua escrita, de alguma forma acertei, ou errei feio? rsrssrsr E se tiver um autor inspiração conte para nós quem é... (Curiosa hahahah)

NANA: Menina! Não me mate, mas nem sei quem é esse autor (huahuaha). Acabei de pesquisar aqui e já vi livros dele, mas nunca li. Você me deixou curiosa pra saber como ele escreve! Enfim, não tenho autores específicos para me inspirar. Mas me inspiro em histórias em geral. E, acredite ou não, minha maior inspiração veio de um mangá chamado "Nana" (olha só, que coincidência...haha). Eu sou fanática por histórias dramáticas e que pesam na realidade e no comportamento humano diante das adversidades. Então todo e qualquer conteúdo nesse gênero, acaba me influenciando. "Nana" é apenas uma dessas influências. Gosto muito de histórias como "Não me abandone jamais" de Kazuo Ishiguro e "A luneta âmbar" (terceiro livro da série "Fronteiras do Universo"). Sou suspeita. Histórias que as pessoas morrem são fantásticas pra mim (#aloka).

8- Nana, como nasceu essa vontade de escrever?

NANA: Outra pergunta cabulosa! Perceba como eu tenho respostas imensas XD - Enfim! Sempre fui muito ligada às artes. E comecei automaticamente a adentrar nesse mundo através do desenho. Quando eu desenhava, estava imaginando cenas, queria transportar o que tinha na minha mente para o papel. Assim como falei antes, sempre amei histórias, leituras e afins. Sou e sempre serei amante de mangás (quadrinhos japoneses). E nessa época em que desenhava muito, comecei a criar uma história em quadrinho. Só que, assim como digo para muitas pessoas, sou a primeira reencarnação humana. No passado, fui um bicho preguiça. Tô falando sério (haha). Comecei a ter preguiça de desenhar meu próprio mangá e, para não perder a minha história, comecei a escrevê-la. A intenção era passar para o quadrinho quando desse vontade. Quando vi, tinha um livro e não um mangá. Nesse dia eu percebi que queria ser escritora. tinha 11 anos. E não, essa história não tem nada a ver com "Nostalgia". =D

9- Conte para nós um pouquinho de futuros projetos, sei que está escrevendo a continuação de Nostalgia (e to morta de curiosidade para ler), mas sabe qual é a previsão dele ficar pronto?

NANA: O nome do seu questionário devia ser "As perguntas cabulosas de Giuli!" shuahushauhs xD Bem, bem! Não há previsão. Como eu disse, sou muito a favor do meu instinto. Meu livro, pra mim, só está bom por eu ter dado tempo para que amadurecesse. Então o segundo sairá assim que minha mente ditar. Espero, claro, que não demore tanto tempo. Quem sabe ano que vem? =]

10- O Livro NOSTALGIA será lançado ainda esse ano pela editora BURITI, tem alguma previsão de quando será o lançamento?


NANA: Ainda não tenho. Já tive prévia de capa, mas rola todo um processo de revisão e edição do miolo do livro. Mas acho que no segundo semestre já estará disponível e avisarei nas minhas páginas oficiais ;]

11- Conta para nós como está sendo a experiência de depois de 7 anos ver seu trabalho concluído, e o sonho de ser publicada está cada vez mais próximo?


NANA: Menina! Acho que a maior parte da sensação boa foi ver meu livro pronto e pensar: "Minha nossa! Quanto personagem que dá trabalho! Que isso...". A sensação que tenho é que criei um bando de monstrinhos que estão pipocando na minha mente para sair por aí, atormentando outras pessoas. A parte de publicar, sinceramente, é a mais chata. Me preocupa e me estressa. Me deprime. Por vários e vários motivos. Mas saber que outras pessoas podem gostar desses monstrinhos que criei me incentiva a ir atrás. Com certeza que eu quero viver disso, mas neste momento o dinheiro é o que menos penso. Só quero ser lida e ouvir das pessoas que leram o que acharam dos meus queridos personagens. E, lógico, espero que as mensagens que deixo nas entrelinhas do meu livro sejam capitadas.

12- Como você descreveria a Nana de 7 anos atrás e a Nana de hoje, antes e depois de Nostalgia?


NANA: Minha nossa... xD Minha resposta, provavelmente, será depressiva. Então terei que resumir. A Nana de antes era mais otimista, menos desconfiada. Eu gostava daquela Nana, mas a de hoje sofre de todos os males desse centro perturbador de São Paulo. E de todas as desconfianças possíveis. Porém, essa bagagem é que torna a Nana de hoje mais apta para escrever e transmitir a mensagem que ela quer (que bizarro escrever de mim assim...como se eu não fosse eu o.o).


GENTE ENTÃO FOI ISSO, AMEI DE VERDADE FAZER ESSAS PERGUNTAS PARA ESSA AUTORA SUPER E MEGA QUERIDA  QUE DÁ UM BAITA SHOW NO QUESITO SIMPATIA E TALENTO...
AGRADECEMOS DE CORAÇÃO A NANA POR RESPONDER AS PERGUNTAS CABULOSAS DA GIULI...KKKKKKKK
E ESPERAMOS ANSIOSAMENTE A CONTINUAÇÃO DE NOSTALGIA!!!


BEIJOS, BEIJINHOS E BEIJOCAS, ATÉ A PRÓXIMA!!!


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